E a república Aguenta Aguenta parte três- Sim Aguenta, mas não por isso mas mais por aquilo, ou a quilo pois como diz na P.A.C-Não preciso de uma república, ou de uma ditadura republicana para contar-me via instituto nacional de estatística.
Pelo meu trabalho de con tá abalizado agriculamente, sei que todos os dias estão a ser alugadas velhas fábulas para adultos com títulos bizarros segundo a minha mente ordeira mo diz , como "Abracuabra ó velha república", "O meu irmão de avental gosta de cacete da loja" e
"Posso comer o teu rabo, marido? uma fábula não tão fabulosa em tempos de republicana crise pois canibal tem hora quando o estômago dá horas".
Há sempre gente que paga e há sempre gente que recebe é uma daquelas máximas que a todos minimizam ou uma das mínimas que tudo maximiza ou uma mediana que se faz moda
E vamos todos morrer, excepto as bactérias que são eternas nas suas divisões e não sabemos quando, excepto se formos suicidas de sucesso.
Por estas razões se tivermos grana para o fazer, podemos apostar em viver em velocidade cruzeiro ou vertiginosa, senão teremos de andar a passo de caracol a mendigar migalhas da mesa da terra que é assaz venenosa.
A mulher tinha optado porque podia fazê-lo, ou seja era das felizardas que podia optar, ai podia podia, por viver a mil à hora, ou seja era do jet-set, pois a maralha mesmo com tunning raramente ultrapassa os 200 à hora claro, e assim a mulher dos mil à hora ia fazendo tantas coisas ao mesmo tempo que ninguém a acompanhava, nem o Ambrósio o seu motorista e vibrador de 2ªclasse.
Sentia-se, evidentemente, sozinha, pois a república ou a monarquia são sempre solitárias e a ditadura idem, já a ditamole geralente arranja compagnons de route. Não era para menos, de resto não era para mais, era assim e pronto.
Mantinha a versão ou a aversão de ter de viver uma vida vazia muito cheia e com significado oculto ou mesmo culto. Mesmo que fosse sozinha sabe-se lá aonde ia sempre acompanhada de si própria, o que já não é mau.
Apesar de tudo, tudo a pesar nela, fosse ela república, ou monarquia ou ditadura muito ou pouco dura, ela perdurava no tempo o que era bom apesar de tudo e de todos os nadas em que nadava.
Fosse o tudo o que fosse, ou o que fosse o tudo na fossa, tudo fossado nas guerras do nada.
Ela estava na vida, ou na semi-vida, ou mesmo morta na vida ou morta-viva, ou mesmo num limbo qualquer e a vida ou a morte iria reconhecê-la na altura devida ou demorte por seu desnorte, um dia, um mês, um ano, uma vida, pois claro, como não, ou não como? Claro, pois.
A mulher passou dos oitenta, chegou aos 100 teve centenário e vai indo para os 103.
Sozinha, numa casa silenciosa a que uns chamam pátria, outros mátria, outros estado, outros vivenda da velha que nunca foi nova, a vida ou o que passa por vida,entrou-lhe pela janela porque não, se a vida sai por buracos e fendas minúsculas, porque não poderá entrar por janelas, ou mesmo portas, fechadas ou abertas, se sai também entra é lógico e não lhe sorriu.
Quando a encontraram, quem não sabemos pois sozinha vivia, mas aparentemente quem só vive sempre encontra alguém mesmo depois de morta, ou morta-viva ou uma coisa assim, enfim a tal velha reencontrada ou encontrada aos 103 tinha uma fotografia de uma criança na mão, ou de uma mão numa criança, ou não.
Até hoje e até ontem também, ninguém sabe nem sabia quem era a criança ou se havia criança na fotografia.
Ela também não, se ela era a criança, ou se a criança era ela, se ela estava morta, viva, viva-morta ou semi-viva, obviamente não o sabia, era ela democracia, república, ditadura, elitocracia, matripatria ou outra fratria ela não o sabia, viva ou morta NUNCA O SABIA OU SABERIA, POIS ela também não sabia se existia ou não.
A con tece tal como as aranhas, excepto tarântulas e muitos aracnídeos como os ácaros
É uma república de Platão sem SócrAtes ou uma república de ácaros per krippahl?
Provavelmente nem uma nem outra, ou se calhar as duas...